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Papai Noel da Aupex atende a pedido de criança autista e registra foto dentro do carro

Durante a festa  de Natal da Aupex realizada para as famílias dos acadêmicos, na manhã do último sábado, 14/12, a equipe de organização da festa da Aupex Uniasselvi recebeu um pedido especial de uma mãe. Acadêmica do curso de Licenciatura em Psicopedagogia, Franciele Caitano, perguntou se o Papai Noel , que estava entregando presentes às famílias, poderia ir até seu carro para tirar uma foto com sua filha, Geovanna Caitano Boeing, de quatro anos, cujo autismo é severo.  A criança é não-verbal e ficou assustada ao sair do carro, entrando em crise.  A mãe enfatiza que, muitas vezes, autistas podem se desorganizar diante de algumas situações, principalmente quando são diferentes da rotina, e quando isso ocorre é preciso ter paciência e até a recorrer a técnicas para acalmar a pessoa.

Franciele enfatiza que Geovana adora Papai Noel e as músicas de Natal e ficou triste ao perceber que a filha estava agressiva e desorganizada, mesmo com toda a preparação feita pelos pais para a criança ir à festa.  “Às vezes, a gente não sabe nem se vai conseguir ir a uma festa. Mas como eu havia prometido que ela iria ver o Papai Noel, fui até à organização da festa, angustiada, e fiquei emocionada quando a coordenadora Michele falou que a Aupex faria isso com o maior prazer. Para mim, isso que é Natal. É ter empatia pelo próximo”, reflete.

A criança ficou tão feliz por ficar próximo do Papai Noel que chorou quando ele precisou retornar à festa. “A Geovana tem dificuldades de entender o que acontece por causa das limitações que o autismo lhe coloca. Mas toda nossa família entendeu que valeu muito a pena.  Vou olhar para essa foto sempre com carinho”, emociona-se a mãe.

A futura psicopedagoga destaca que em função do desconhecimento do Autismo, muitas pessoas chegam a ser preconceituosas e não demonstram empatia com as famílias e com os autistas. “No ano passado, minha filha foi registrar uma foto com o Papai Noel em um local, mas me lembro com muita tristeza da foto, embora ela estivesse feliz. Ele segurou a mão dela para evitar que ela pudesse bater nele, como se os autistas pudessem ser resumidos a serem perigosos”, indigna-se.

O curso de Psicopedagogia da Aupex está sendo muito proveitoso para Franciele. Para ela, a Psicopedagogia vai ajudá-la a lidar melhor com as dificuldades e limitações de sua filha. Ela também vislumbra ajudar outras pessoas que passam pela mesma situação, pois percebe a dificuldade que as famílias com autistas tem no cotidiano. “Não tenho a pretensão de trabalhar em uma clínica, ainda. Mas se puder ajudar quem precisa, vou ficar muito feliz, pois as pessoas precisam de ajuda e falta empatia no mundo”.

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