Você sabia que a pós-graduacão proporciona ao aluno maior profundidade de conhecimentos na sua área de formação e consequentemente maiores oportunidades de crescimento pessoal e profissional? Juliane dos Santos é a prova disso. Pedagoga formada pela Aupex Uniasselvi há mais de três anos, ela também buscou a especialização em Psicopedagogia e vem se destacando como uma das profissionais dessa área no atendimento a crianças autistas. Recentemente, ela abriu sua própria clínica de atendimento e está colhendo os frutos de seu empenho e trabalho.
A mudança na vida profissional de Juliana iniciou há sete anos quando ela iniciava no curso de Pedagogia. A intenção da jovem com a faculdade era melhorar o suporte a seu filho Eduardo, que está no Transtorno do Espectro Autista (TEA), e também de ter a possibilidade de trabalhar em meio período e conciliar com a rotina de terapias e das demandas que acompanham a criança. Hoje seu filho Eduardo, conhecido como “Dudu”, está com 12 anos.
“O destino e meu próprio filho me fizeram conhecer uma psicóloga que contratamos para fazer o acompanhamento dele. Eu estava cursando o segundo ano, e por falta de condições financeiras não conseguia manter o atendimento por mais de um dia na semana, necessário para a estimulação dele. Assim, ela me demandou tarefas com treinos e protocolos para fazer em casa com meu filho, os quais me dediquei bastante. No ano seguinte ela me chamou para estagiar na clínica como Acompanhante Terapêutica”, resume.
Juliana se identificou tanto com a área clínica, que enxergou ali a oportunidade de atuar. Era uma área que trazia mais conhecimento para ela aplicar com seu filho e também para o desenvolvimento de outras crianças autistas. Concluiu a graduação em 2019, fez outros cursos e foi se especializar em Psicopedagogia para complementar a função que exercia na clínica, e lá trabalhou até o início de 2021.
Porém, a pandemia causada pela Covid-19 prejudicou o desenvolvimento de muitas crianças, entre elas, também a de seu filho Dudu. Juliana precisou se desligar da clínica mas conseguiu manter os atendimentos especializados para TEA no modelo domiciliar conciliando com as demandas que ele apresentava. “Na pandemia, quando as escolas retornaram com as aulas de forma alternada, tive a oportunidade de atender um número maior de clientes. No final de 2021 consegui abrir o meu espaço de atendimento psicopedagógico especializado para autismo”.
A psicopedagoga analisa que essa área necessita de cada vez mais profissionais, principalmente nesse período pós-pandemia. “Devido ao déficit que ausência das aulas causou nas crianças em processo de alfabetização”, justifica. Juliana vem atuando mais especificamente na área das necessidades complexas de comunicação, que demandam comunicação alternativa e/ou suplementar, essencial para crianças autistas não-verbais. Entretanto, ela também atende pacientes que apresentam outro transtorno de aprendizagem para alfabetização, desenvolvendo programa de ensino de leitura e escrita.
Realizada, por trabalhar com o que gosta e poder contribuir com o desenvolvimento de seu filho e de outras crianças com deficiência, ela descreve o quanto sua profissão é gratificante. “Há tantas surpresas que surgem durante o processo de aprendizagem de cada criança. Entender o que cada uma gosta é divertido e prazeroso, e o aprendizado aparece de forma natural. E os resultados são a melhor parte. Sou muito grata ao destino e a Deus por tudo que a vida tem proporcionado em meu trabalho”.