Há onze anos, Tatiana Gasparete, 47 anos, iniciava uma aproximação com a área de terapia ocupacional (TO) em função do diagnostico de sua filha Luiza, nascida com artogripose, uma condição rara resultando em malformações das articulações que não se desenvolveram corretamente. A condição traz geralmente para o bebê como algumas características apresentar músculos finos, fracos ou ausentes, podendo afetar a mobilidade, a autonomia e restrições nas atividades de vida diária (AVD).
Diante da necessidade da filha, Tatiana passou a aprender, sem intenção na época, diversas atividades típicas da área de terapia ocupacional. Além disso, ela cresceu dentro da Apae por acompanhar sua mãe que trabalhava na instituição. “Em minha família, atuar na área de saúde não é novidade. Minha mãe trabalhou durante 35 anos na área de TO e pedagogia na Apae . Eu também trago conhecimento de minha vivência como mãe e sempre me identifiquei com essa área”, afirma. Acadêmica do 6° semestre dessa graduação, ela deseja trabalhar com reabilitação infantil, atividade que sempre foi rodeada em sua vida e que passou a carregar experiência própria a partir da maternidade. Ela aponta que sua filha passou por fisioterapia e TO desde o nascimento, o que pesou ainda mais na escolha do curso pois também a fez despertar a vontade de ajudar outras pessoas.
Tatiana já conseguiu, inclusive, oportunidade de atuar como estagiária de Terapia Ocupacional: “Meu estágio supervisionado possibilitou uma grande experiência por ser no Naipe (Núcleo de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo). Hoje estou como estagiária na Superarsi, uma clínica de de Referência em Autismo, Reabilitação Neuromotora e Comportamental e entendo que o TO é fundamental tanto para reabilitar como para ajudar a identificar demais condições de saúde das crianças”.
Futura profissional da área de saúde, Tatiana foi uma das acadêmicas participantes da cerimônia do Jaleco realizada no sábado do dia 29 de novembro, no Rancho Timbé. A cerimônia do Jaleco é um rito de passagem em que o aluno do curso superior da área de saúde promete se responsabilizar com a saúde de um modo geral e dedicar-se à profissão realizando um juramento, seguido da colocação do jaleco por um(a) padrinho ou madrinha escolhido (a) por ele próprio. Como padrinho, a acadêmica escolheu seu primogênito Vitor, 25 anos.
Além de Terapia Ocupacional, os cursos que integraram a cerimônia do Jaleco foram de Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Radiologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Tecnologia em Terapias Integrativas e Complementares e Tecnologia em Estética e Cosmética.
Saiba mais sobre Terapia Ocupacional
Você já precisou de terapia ocupacional? Desde bebê a idosos podem precisar desse profissional quando for identificado dificuldades na execução de tarefas inerentes à faixa etária da pessoa ou de ações cotidianas. Além disso, se coisas que sempre foram feitas de forma natural passaram a se tornar empecilhos há um sinal de alerta para avaliação deste profissional. Situações mais conhecidas que envolvem essa terapia são: crianças e adolescentes com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, pessoas em recuperação de AVC, de doenças degenerativas, de pós cirurgia, com déficits físicos, sociais e mentais, etc.
Graduação em TO
São quatro anos de curso que inclui o estágio em vários setores de saúde. O terapeuta ocupacional é o profissional que busca ajudar o paciente a realizar atividades cotidianas quando existem tais problemas. Essas atividades incluem tarefas de autocuidado (higiene, alimentação e vestuário); produtividade (trabalhar ou estudar); momentos de lazer (esportes, dança e pintura, por exemplo) e atividades sociais em geral. Pode trabalhar em clínicas; hospitais; escolas; consultórios; instituições penais; universidades; institutos de pesquisa; centros de reabilitação; centros de saúde; e/ou em organizações não governamentais. Veja mais em https://aupex.com.br/curso/terapia-ocupacional/
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